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Abstract

Mesmo que o conceito de “empatia” não tenha sido mencionado mesmo nos textos mais recentes sobre performance, sempre houve uma disputa entre os teóricos do teatro em diferentes momentos acerca dos impactos da empatia no público. Embora alguns tenham considerado a empatia como a base do teatro, outros a viam como um terreno perigoso que pode produzir sentimentos inapropriados e prejudiciais no público. Descobertas recentes dos neurocientistas revelaram que a empatia (tanto com personagens fictícios ou reais) é inevitável para os seres humanos, e seu mecanismo inconsciente está presente em qualquer indivíduo mentalmente saudável. Creio que tal habilidade inerente pode nos permitir contribuir para transformações práticas em atitudes e comportamentos do público de teatro através do uso de sua empatia. Como pontuado neste ensaio, o teatro-fórum, como um técnica de Teatro do Oprimido, é baseado sobretudo na empatia de seus espectadores (ou, espect-atores, de acordo com Boal). Ele nos oferece, mais do que qualquer outra forma teatral, uma possibilidade de identificação do público com os temas abordados no teatro - o que, por consequência, por meio da repetição e da prática, contribui para o surgimento de padrões neurais e, portanto, aprimora as reações do público em situações semelhantes em seu cotidiano.

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